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terça-feira, 29 de junho de 2010

O DIA EM QUE EU QUIS QUE O DIA FOSSE NORMAL

O dia em que eu quis que o dia fosse normal estava chovendo pacas. O dilúvio acontecia no Rio de Janeiro. Pensei até em pegar carona na Arca de Noé, mas acho perdi o timing e ela passou. Então resolvi pegar o ônibus mesmo.

O dia em que eu quis que o dia fosse normal, meu trabalho tava um saco. Mais chato do que nunca. E pra variar me mudaram de mesa duas vezes.

O dia em que eu quis que o dia fosse normal, tava rolando a merda do protesto sobre os royalties do petróleo. Cheio de gente baderneira e sujeira mais do que o habitual na rua atrapalhando a gente de andar. Sem falar da chuva.

O dia em que eu quis que o dia fosse normal, peguei a merda do ônibus errado. Tinha que ir pra zona norte e peguei sentido zona sul. Era pra eu chegar as 19h na aula mas ...cheguei às 20:10h. Quase no final.

O dia em que eu quis que o dia fosse normal, com muita chuva ainda, fui pra casa tranqüila e calma. Nem sei como. Mas o pior ainda estava por vir. Afinal, o dia ainda não havia terminado, logo, hahaha, havia tempo para mais surpresas; e por que não?
Quando chego no portão de casa e ponho a mão na bolsa...cadê a chave? Procurei na bolsa inteira, na nécessaire e não encontrei. Pulei o portão e fui para os fundos da minha casa. Lá, abri a janela do meu quarto na esperança de ter deixado a chave na janela, mas não deixei.

Fui na casa do vizinho e perguntei se ele tinha alguma chave pra me emprestar pra eu tentar abrir a porta. Ele me emprestou um molho de chaves e nenhuma abriu. Voltei e disse que pra ele que não tinha conseguido. De repente ele olhou pra janela do quarto da minha mãe e disse: e aquela janela ta trancada? Meus olhos brilharam por que sabia que não estava. Abri a janela, tirei os sapatos e pulei na cama. Enfim, em casa. Dentro de casa. Fui procurar o raio da chave e vi que ela estava na porta dos fundos. Tinha esquecido mesmo e não tinha qualquer chance de pegar.

Agradeci meu vizinho por toda ajuda. Finalmente, podia sentar, comer, tomar banho e dormir. Normal, como todos os outros dias que eu desejei que não fosse.

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